sábado, 7 de março de 2015

Égua do açaí caro, sumano.

Ah, como dói!
Uma dor que lateja
Que irrita o coração
E o bolso do cidadão

É por isso que tem gente
Que espalha por ai
Que o amor custa caro
E como custa.

Já tem gente nas praças
Nas ruas e nas calçadas
Com cara de "pidichão"
Pedindo aos transeuntes:

Me dá meio litro de açaí,
Meu patrão?

E tem outros
Que vão nos ônibus
E nas paradas
e fala pra rapaziada:

Podia tá robando
Matando ou cheirando
Mas to aqui vendendo bombom
Pra comprar meu açaí

Uns dizem que o açaí
Entrou em disputa com a luz elétrica
Pra ver quem esse ano
Deixaria todo mundo careca

Tá cruel!

Pelo menos aqui no Pará
Água doce não nos falta.

Que foi?!

Égua!!
Tá tudo poluído
essa danada.

Melhor morrer.

Renan Medeiros

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