segunda-feira, 22 de julho de 2019

Microntos sem fim #1


Havia tristeza ali, banhada em dor e lagrimas. Mas, mesmo assim, havia uma centelha de um brilho estranho nos olhos daquelas crianças. Seria esperança? Talvez sim. Mas aquele brilho, mesmo sem sentido, me trouxe mais forças para fugir. Tinha que avisar alguém, pois a vida de todos dependia disso. Fazia uma hora que eles haviam passado com a carcaça aberta de mais um jovem. Dessecado, com cada órgão retirado e armazenado em caixas com gelo. Logo apareceriam para buscar outro, e seria a minha chance de fazer alguma coisa.

Contratos quebrados.

Absorto, ele fixava sua visão no teto enquanto sentia os delicados dedos dela tateando seu tórax, deleitando-se com os resquícios de prazer ...