Sento na taverna e ouço homens vociferando ladainhas psicóticas de uma alucinação esclerosada e maldosa. Nosso rei ocupa um trono de ossos e vísceras, enquanto prega ideias delirantes. Seus alienados aliados enfrentam um inimigo ilusório e os súditos paupérrimos vão sendo extintos pela praga, que leva cada dia mais e mais. Nem a mais fermentada cerveja faz tudo isso descer. Há uma nuvem turva vindo do castelo, com gritos de dor e medo. Alguns sussurram que o carrasco está afiando seu machado para decapitar os opositores do rei, o que faz alguns temerem o futuro e outros vibrarem com o presente. O reino treme e sangra. O reino chora. O reino enraivece-se. E eu sento na taverna, a observar esse sistema querendo colapsar.
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