Uma sensação que transforma qualquer homem em esterco. Ele pode ser o mais machista e mulherengo que for, mas quando há sentimento verdadeiro renegado por uma mulher ele se contrai de volta em um útero imaginário e contempla o suicídio lento e gradual de seu ego com sua autoestima.
Deveria ser crime envolver alguém em um circulo de emoções e sentimentos bons e depois, simplesmente, coletar tudo isso e arremessar em um abismo de tristeza. Por que há quem faça isso com alguém? Desconheço. Talvez nunca vá entender o porquê de ela me banhar com sua doçura e, sem nem ao menos me preparar, salpicar minha paixão com um desprezo frio.
“Qualquer mulher amaria namorar você”, foi o que ela me disse. “Menos você”, pensei. De tantas, foi ela que eu quis. E de todas, foi ela que me encarcerou dentro de um mar de questionamentos sobre o porquê de ter começado a me encher de esperanças e, depois, rompido este cordão umbilical que estava começando a se formar entre a gente.
Tenho uma carcaça calejada de “foras” na vida e da vida, e isso faz parte dessa pequena trajetória que travamos nesse plano da existência. Talvez por isso não mais me encarcere em sentimentos vis de dor, e continue a sorrir e viver como se nada tivesse acontecido. O mundo lá fora não tem culpa de nossas decepções, as pessoas não tem culpa de alguém ter virado a cara para nossos sentimentos. Acho essa uma lição valida, para todos, por mais que seja difícil.
Não é ser hipócrita, ou falso, ou alheio aos nossos sentimentos internos. É simplesmente não nos apegarmos a eles. Deixarmos, sim, eles lá dentro, pulsando, consumindo nossas energias. Mas sem abraçar-lhes e dizer que o amamos, e sair por ai danificando a vida alheia com estes sentimentos que nem mesmo nós queremos para si. O certo é deixar ele incógnito, até que o alimento acabe e ele morra desnutrido.
Passarei um tempo, dois meses (talvez menos) sem escrever. Irei debruçar-me sobre a literatura da arte de cuidar para fazer um concurso, mas antes disso eu tinha que escrever esse ultimo texto. Então, não é O ultimo texto, mas um ultimo texto. Um texto necessário para expurgar essa historia da minha vida e poder continuar a devanear em tantas outras áreas que amo escrever.
Talvez, eu apareça de repente nessa curta trajetória de estudos para vos relatar algo. Sabe como é a cabeça de um escritor, não para. E quem sabe esses gritos eloquentes da minha mente não seja a linha tênue que me segura entre a sanidade e a loucura.
Abraços!
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