Sei que irá parecer ultraje o que direi agora, mais gosto de assistir aos comerciais da tv aberta. Muitos odeiam, eu sei, mas não podem negar que muitos deles, principalmente de cervejas e carros, são criativos.
Não é a toa que a propaganda brasileira é respeitada e premiada.
Em paralelo ao sucesso da propaganda brasileira, vivemos um período negro da tolerância: nunca se pregou tanto ódio aos negros e homossexuais. Um ódio camuflado de "respeito, mas não aceito". É um festival de "devemos amar o próximo" recheado de "viradas de cara" com salpicos de preconceito.
Vivemos em um mundo onde acredito que as artes televisivas, novelas ou propagandas comerciais, devam abraçar a realidade e enfeita-la de ficção.
Porém, diante do caos em que estamos inserido, aplaudo os roteiristas que, abraçando a causa da igualdade, amor, respeito e tolerância, colocam temas como preconceito racial, romances homossexuais e novo modelo familiar.
O mais recentes dele foi o comercial de O Boticário, que vai mostrando vários casais se preparando para encontrar com namorado/namorada e, ao se encontrarem, dão os presentes da empresa.
Até ai tudo bem, se o comercial não aproveitasse para dar um choque de realidade no público. Ao assistirmos, dá a entender que os casais são formados por heteros de diferentes idades, mas quando se encontram, vemos dois casais homossexuais.
A sacada é genial!
Além de conquistar o público homossexual, também deu uma cutucada nas mentes tradicionais extremistas de nossa sociedade.
Mas toda cutucada em colmeia causa ataque de abelhas.
Os ditos religiosos, exalando sua dita "superioridade", começaram a denunciar a propaganda e, agora, está rolando processos contra o comercial.
É falado por ai que o Brasil é um país cristão. Eu já digo que vivemos em um país pseudo cristão.
Até quando iremos massacrar fisicamente, mentalmente e legalmente nossos irmãos só pelo fato de terem seguido uma estrada diferente da que cremos? Até quando jogaremos a historia de Jesus na lama, exaltando sua vida com palavras vazias, e vivendo o oposto do que ele pregou?
Até quando? Não sei. Mas tenho a esperança de um dia viver em um país que pelo menos seja tolerante com a liberdade de expressão.
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