“Ela repousou no banco assim como o sol repousa no horizonte. Quem é ela? Desconheço. Mas se uma voz sussurrasse em meu ouvido dizendo ser ela ascendente das antigas ninfas que encantavam os gregos, eu acreditaria sem pestanejar. Ela agarrou-se a feminilidade, sem deixar de emanar sua maturidade. Uma mulher que, sem nem ao menos falar, se sobressai a muitas. Me prendeu a atenção e furtou meu raciocínio. Ladra! Deixou o meu coração em cárcere privado. Ah, se ela soubesse que gostaria de pagar o resgate com a minha liberdade! Viver preso a ela, assim como as estrelas e o universo. Me contentaria que, pelo menos, ela tirasse aqueles olhos do livro e lhes voltassem para mim, abrindo o sorriso que me deixou abobado. Nossa, iria ser um atentado! Seria a próxima manchete dos jornais: Morto mais um homem apaixonado. Seria trágico, mas morreria feliz. Afinal, de uma ninfa não se pode esperar menos do que uma tragédia grega. A nossa tormenta é a diversão é dos deuses antigos.”
Renan Medeiros, o Coruja.
Confissões Testosterônicas.
Breves, 21 de março de 2016
Ja sou fã
ResponderExcluirLeitura viciante